As confraternizações de fim de ano devem ficar mais caras em 2019. As altas sofridas nos preços da carne nas últimas semanas devem se manter, mesmo com a proximidade da estabilidade da demanda chinesa.
“No momento tem uma ebulição de mercado de alguns pregando alta e outro falando que vai cair. Eu acho que o mercado deve regular o preço de R$ 180 a arroba, pois acredito que a tendência é ter preços a esse nível. Pode ser que em algum momento pode se elevar, mas não tem como se sustentar. Vejo que atingimos um pico tanto para arroba quanto para o consumidor final e por isso deve se estabilizar”, prevê Paulo.
Os reajustes nos preços da carne no atacado tiveram alta de quase 30% neste mês de novembro, ante o mesmo período de 2018. A consequência disso reflete no varejo. No balcão do açougue, consumidores se depararam com produtos que estão quase 40% caros do que o ano passado.
No varejo, o corte que mais sofreu com a alta foi a picanha. Em novembro de 2018 ela custava R$ 37,59 por quilo. Já no mesmo período deste ano ela é encontrada por R$ 52,28/kg nos açougues, o que representa uma alta de 39,08%. Os dados são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
A menor variação de preços neste período ocorreu no valor cobrado pela alcatra. O corte, que custava R$ 25,86/kg em novembro de 2018, hoje é vendido por R$ 29,15 (+ 9,47%). Independente da variação, a expetativa do setor é que os preços não voltem aos valores anteriores.
“Não sonhem mais com os preços de antigamente. Atingimos preços de até 40% mais caros e agora podemos pensar em uma linha curva de estabilidade, tendo como principal fator o esfriamento do mercado chinês”, alerta Paulo.