Pecuária avança com mais tecnologia

Rebanho bovino de Mato Grosso teve expansão de 11,16% em 10 anos e chega a 30,3 milhões de cabeças em 2019. O número é 10 vezes maior que a população do estado, estimada em 3,4 milhões de habitantes pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento veio acompanhado de redução na área de pastagem, que caiu de 25 milhões de hectares (há) para 22 milhões (há), segundo Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat). O aumento na produção foi possível graças ao avanço da tecnologia e da integração de lavoura e pecuária.

Com rebanho maior, o volume de abates também cresce. De janeiro e agosto o processamento de animais aumentou 7,2% sobre 2018 (3,7 milhões de cabeças). Maior produção de carne reflete nas vendas e o volume exportado subiu 19,6% até setembro, com negócios de US$ 856,6 milhões.

Francisco Manzi, diretor técnico da Acrimat, ressalta que a pecuária vem ficando cada vez mais eficiente em Mato Grosso, criando-se mais animais em menores áreas. “Essas áreas têm sido incorporadas às lavouras, e é comum que com a integração, essas propriedades tenham 3 safras por ano, com soja, milho e carne. Isso traz ganho de rentabilidade para o produtor, que tem produção cada vez mais tecnificada”.

Segundo Manzi, a abertura de novos mercados pelo Ministério da Agricultura (Mapa) tem sido fundamental na expansão da pecuária bovina. As exportações representam apenas 25% do volume produzido, mas vêm crescendo ao longo dos anos. “A china, por exemplo, hoje importa de 6 plantas de Mato Grosso, sendo que antes era apenas uma. E temos conseguindo alcançar novos mercados, como Indonésia e existem negociações próximas para o Japão também. Isso semonstra a qualidade do nosso produto, que além do volume tem preços competitivos”.