O aumento da exportação de carnes brasileiras se deve ao consumo do mercado asiático, afirma Paulo Bellincanta presidente do Sindifrigo

No primeiro semestre de 2021, a carne bovina foi responsável por cerca de 6,5% das exportações de Mato Grosso. Quando analisamos apenas as exportações do setor industrial, essa participação se eleva para 30%. Além disso, vale ressaltar que, desde 2019, Mato Grosso ocupa a primeira posição entre os outros estados nas exportações desse produto, tendo gerado quase US$800 milhões em receita somente de janeiro a junho deste ano.

Para entender melhor o atual cenário da exportação de carne bovina, o CIN/ MT conversou com Paulo Bellincanta, presidente do Sindifrigo (Sindicato das indústrias de Frigoríficos do Estado de Mato Grosso), com objetivo de entender melhor quais são as atividades relacionadas à exportação de bovinos, que fazem desse produto, um dos principais exponentes da economia mato-grossense.

A exportação da carne bovina tem crescido nacionalmente. Hoje, o Brasil ocupa a primeira posição no ranking mundial. Para o representante sindical, um dos fatores para o  desenvolvimento da exportação da carne está ligado aos países asiáticos.

Conforme eles importam mais, o número das exportações do país também aumenta. O que gera evolução do nosso comércio, nivelando o valor e a qualidade do produto ao patamar internacional.

O empresário pontua que o principal desafio existente para exportação de carne bovina está relacionado às barreiras sanitárias: “No caso específico das proteínas animais, esse é o item mais desafiador. Mesmo que exista um excelente trabalho para superar questões sanitárias aqui no país”. Outro ponto de dificuldade são as “barganhas internacionais”. Segundo Paulo, isso é uma prática comum, mas se transforma em um desafio, dependendo do produto a ser barganhado.

De acordo com Bellincanta, agregar valor para carne bovina é um trabalho lento e passa necessariamente pela ação das empresas que estão no mercado internacional.

“Não dá para mudar a essência do produto que você tem na mão. É preciso trabalhá-lo da melhor maneira possível, buscar animais mais jovens, para ter um produto melhor no final. São uma série de pequenos quesitos a serem melhorados”, afirmou o presidente.