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Exportações para China, menos produto e auxílio emergencial são fatores que elevaram o aumento do preço da carne bovina

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Em entrevista para o jornal, O Estado de Mato Grosso, o presidente do Sindicato dos Frigoríficos de Mato Grosso (Sindifrigo), Paulo Bellincanta explicou que, o preço da carne bovina sofreu reajuste nas últimas semanas, devido ao crescimento do volume das exportações para a China, menos disponibilidade de matéria-prima. Entretanto, um fato inesperado para 2020, chamado auxílio emergencial, impulsionou as vendas internas de carne bovina no país.

“O auxílio emergencial pago pelo governo potencializou muito o aumento dos preços, pois ele estava fora de quaisquer expectativas que tínhamos para este ano. Além disso, temos as três razões, já conhecidas, que elevaram os preços da carne para o produtor e no varejo. A China tem levado um bom volume dessa proteína e o mercado interno está tendo mais demanda do que oferta, que está restrita. Essa restrição é devido à falta de matéria-prima, pois nos últimos anos tivemos muita matança de matrizes, o que tem pressionado os preços”, avalia Paulo Bellicantta.

Com relação ao preço ao produtor, desde o início de setembro a arroba do boi gordo vem crescendo. Na última cotação, do dia 11 de setembro, o valor chegou a R$ 219,72, segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O preço da arroba já supera em 12,42% a maior marca do fim do ano passado, quando a matéria-prima era vendida a R$ 195,44, no dia 28 de novembro de 2019.

Para se ter uma ideia de como o mercado bovino evoluiu nos últimos 12 meses, observamos os dados de Mato Grosso. Em agosto de 2019, o valor da arroba do boi à vista custava em média R$ 138, enquanto no mesmo período de 2020 a mesma proteína era vendida para a indústria a R$ 208, uma valorização de 51%.

“Acredito que teremos uma certa estabilidade nesses preços, porque nesses patamares ele causa uma restrição de consumo. Isso não deve provocar uma diminuição de preços, mas uma manutenção desses valores”, alerta Paulo.

Exportações

Em agosto de 2020, os três principais setores exportadores do agronegócio brasileiro foram: complexo soja (31,1%); carnes (16,7%); cereais, farinhas e preparações (12,8%), conforme dados divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no último dia 11.

As carnes, em geral, ficaram na segunda posição dentre os principais setores exportadores do agronegócio, com US$ 1,49 bilhão exportados em agosto deste ano. O valor supera em 5,4% os US$ 1,41 bilhão exportados em agosto de 2019.

A carne bovina foi a que teve mais peso nesse volume de exportação, com US$ 753 milhões em vendas externas ou cerca de 50% do valor exportado em carnes. A China novamente foi o principal mercado importador brasileiro, com cerca de 62% de aquisições da carne bovina in natura exportada pelo Brasil. “É importante registrar que as vendas externas de carne bovina in natura bateram recorde de valor e quantidade nesse mês de agosto em relação a todos os meses da série histórica (janeiro 1997 – agosto 2020) ”, destacou o Mapa.

Já no acumulado deste ano (janeiro – agosto), a China adquiriu mais da metade da carne bovina in natura exportada pelo Brasil no período, com US$ 2,53 bilhões, ou 52,6%. Em relação a 2019 o aumento nas vendas ao mercado chinês foi de 138,5% em valor.

Desde que o país asiático aumentou o número de frigoríficos habilitados para exportação no Brasil, o mercado interno ganhou um bônus nas vendas destinadas à China. A arroba do boi nos padrões China supera em R$ 10 o valor do boi comum e traz maior rentabilidade aos produtores e estimula as exportações.

Fonte: Jornal O Estadão

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